“COMBATEREMOS CRIMES CONTRA A VIDA”

JC - Bauru 13/04/2013 - 12:26:14 Cidade

Novo comandante do CPI-4, Airton Martinez, afirma que preocupação maior da corporação é com homicídios e roubos.

Vitor Oshiro/Éder Azevedo

Coronel Airton Martinez promete combater a criminalidade e a sensação de insegurança

Em 34 anos na Polícia Militar (PM), ele já passou por praticamente todos os postos. Com essa experiência, o novo chefe do Comando de Policiamento do Interior-4 (CPI-4), coronel Airton Iosimo Martinez, promete combater a criminalidade e a sombra que ela traz: a sensação de insegurança. Para tanto, direcionará o planejamento contra roubos e homicídios. Paralelo a isso, uma notícia ruim: o tão esperado videomonitoramento não tem prazo para começar.

Martinez assumiu o comando na última segunda-feira após o coronel Maximiano Cássio Soares deixar o cargo rumo à Capital, onde deve compor a diretoria de finanças do Comando Geral da PM do Estado de São Paulo.

À frente do policiamento de 85 cidades entre as regiões de Bauru, Lins, Marília, Assis, Ourinhos e Jaú, Martinez planeja conter a criminalidade que deixa o sentimento de medo na sociedade. “Combateremos os crimes de violência que ameaçam a vida, como é o caso dos homicídios e roubos. Esses crimes são os que mais geram medo. Por isso, essa será nossa prioridade na parte criminal”, afirma o coronel Martinez.

Junto com os homicídios e roubos (tanto os “comuns” quanto os de veículos), ele afirma que os furtos terão uma atenção especial. “Nosso trabalho é conter a criminalidade, mantendo os níveis e sempre diminuindo. Em relação aos furtos, continuamos frisando que a população precisa nos ajudar tomando as medidas de prevenção primária”.

O planejamento já começou em uma reunião do novo comandante com os tenentes-coronéis e os majores. Na próxima terça-feira, ele se reunirá com os chefes da Polícia Civil para tratar o trabalho em conjunto das corporações.
“Além de homicídios, roubos e furtos, o tráfico de drogas também é algo que merece bastante esforço. Concordamos que é ele que ‘puxa’ outros crimes. Temos um serviço de inteligência forte e iremos atuar tanto na questão do traficante quanto do usuário”, promete o novo comandante do CPI-4.

Efetivo

Mas como fazer para conseguir dar conta dessas questões? O coronel Airton Iosimo Martinez promete muito empenho e também a “ajuda” da tecnologia.
“Muito se fala na falta de efetivo policial. Mas estamos investindo muito em tecnologia. É algo que vai auxiliar muito no combate ao crime”, destaca.
Em relação especificamente à falta de efetivo, ele afirma que medidas estão sendo tomadas. “Estamos contornando isso. A partir da semana que vem, por exemplo, as cidades pequenas que tinham sete policiais passarão a ter nove”, finaliza o novo comandante do CPI-4.

Atividade delegada

Enquanto a Câmara de Vereadores de Bauru ainda analisa a polêmica atividade delegada -– projeto que permite aos policiais militares trabalharem nos dias de folgas por meio de convênio entre o Estado e o município -, o novo comandante do CPI-4 afirma que a cidade só ganharia com a medida.

Ele exemplifica que, na Capital, os índices de criminalidade caíram bastante após a atividade delegada. “O efetivo aumenta nas ruas. E é muito melhor que a guarda municipal, uma vez que o município só pagaria os salários dos policiais. O Estado dá todo aparato e equipamento e ainda arca em casos de acidentes”, argumenta.
Videomonitoramento deve continuar no papel

O tão esperando monitoramento de vídeo pode não sair mais este ano. A medida que é reivindicada pelos bauruenses há, pelo menos, uma década, depende do novo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). A obra teve imprevistos e também não tem um prazo para ser inaugurada.

“Pode não sair este ano. Iremos fazer uma reunião e readequar o prazo. A parte física do prédio já está praticamente pronta. Mas falta toda a logística de equipamentos”, revela o coronel Airton Iosimo Martinez.

As obras do novo Copom começaram em março de 2011, já com três meses de atraso. O videomonitoramento havia sido prometido para o fim daquele ano. Seis meses depois, em outra reportagem do JC, o prazo foi estendido para o começo de 2012.

Em julho do ano passado, um novo prazo mínimo: julho de 2013. “Não posso mais falar em prazos. Vai ter que ser readequado. Só depois da reunião, poderemos ver quais prazos serão possíveis de serem cumpridos”, afirma o novo comandante.
O novo complexo terá área de 2,8 mil metros quadrados e está sendo erguido na própria sede do CPI-4. A obra está avaliada em aproximadamente R$ 40 milhões.
Além de abrigar a sala que será a central do videomonitoramento, o novo prédio regional reunirá chamadas de emergência por meio do telefone 190 e do 193 (Corpo de Bombeiros), além de chamados da Polícia Militar (PM) Rodoviária e também da PM Ambiental.

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